sábado, 9 de fevereiro de 2013

O Carnaval

  Afinal é o carnaval uma festa cristã? Se observarmos a história, o carnaval está ligado a tradição cristã, embora seja um festa pagã que adquiriu um conceito "cristão", o carnaval não mudou sua essência pecaminosa. 

Obra o Combate entre o Carnaval e a Quaresma, de Pieter Brueghel
  Como muitas práticas pagãs absorvidas pela igreja romana, o carnaval foi uma delas. Trata-se de uma festa popular pagã onde os povos pré-cristãos celebravam a gratidão a seus deuses pela colheita. Havia várias manifestações populares, onde as pessoas festejavam sem restrições, entregando-se principalmente ao vinho nas celebrações do deus Baco, nos chamados "bacanais". Quando a Igreja Cristã tornou-se a religião do Estado, em 27 de fevereiro de 380, através do Édito de Tessalônica, emitido por ordem do imperador romano Teodósio I (E não pelo édito de Milão, emitido por Constantino I, o qual deu apenas liberdade aos cristãos, tornando essa mais uma religião sem restrição à prática no Império Romano, embora tenha se tornado a religião do imperador). A Igreja viu-se cheia de pessoas que não eram cristãs, pois haviam se tornado por imposição "cristãos". Como forma de catequese a igreja foi absorvendo práticas pagãs e introduzindo novos significados a elas. As festividades populares do carnaval foram uma delas. Essas festividades coincidiram com o período já existente da Quaresma, período em que os cristãos se preparavam para a Páscoa e se abstinham da comida em favor do jejum e oração. Assim a igreja viu nessa festa uma oportunidade de ensinar a penitência da Quaresma, dando uma festa de "despedida à carne (comida)" (uma das possível origens do nome "Carnaval") para o povo, que abster-se-ia dela por 40 dias. No entanto, a festa que surgiu para alimentar o pecado da gula, pois as pessoas não apenas se despediam da carne, mas se empanturravam como se nunca mais fossem ver carne em suas vidas, tornou-se a festa para alimentar todos os pecados da carne. Logo, nessa época as pessoas entregavam-se aos pecados sem restrições, pois logo viria a Quaresma e poderiam pedir perdão por seus pecados. Tudo isso foi o resultado de um povo sem conversão inserido numa religião que de fato não entendiam. Não é à toa que nas regiões atingidas pela Reforma Protestante o Carnaval não existe ou está presente de forma muito diferente dos países de influência católica. É bom lembrarmos que os protestantes não aboliram a Quaresma, no entanto desassociaram as superstições ligadas a ela.

  O Carnaval hoje em dia, desligado totalmente de seus resquícios "cristãos-católicos", é uma festa de libertinagem, onde as pessoas se entregam a todos os prazeres da carne (outra versão para a origem do termo carnaval). Embora haja manifestações culturais e belos trabalhos artísticos, no mais é uma festa que não tem nada a acrescentar ao verdadeiro cristão. Festa que causa transtornos nas cidades e distancia o homem de Deus.

  Depois dessa breve exposição, podemos chegar a conclusão, que mesmo que um grupo cristão tenha essa festa como cristã, ela na verdade nada tem a ver com o cristianismo verdadeiro, marcado pela busca da santidade e abstinência em favor de Cristo Jesus que deu a vida em nosso favor, para que nós tivéssemos vida e levássemos vida àqueles que precisam, ao contrário do carnaval que promove o pecado e este como sabemos produz a morte. 


Romanos 8.5-8, 12-14 - que "os que são segundo a carne inclinam-se para as coisas da carne...

Gálatas 5.13-24 - Porque vós, irmãos, fostes chamados à liberdade. Não useis então da liberdade par dar ocasião à carne, mas servi-vos uns aos outros pelo amor. Os que são de Cristo crucificaram a carne com as suas paixões e concupiscências.


Gálatas 6.8 - Porque o que semeia na sua carne, da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito, do Espírito ceifará a vida eterna.

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